A Cibersegurança nas Comunidades Educativas
A Sociedade atualmente está preocupada com o uso das tecnologias de comunicação e informação, pelos perigos ou problemas que estas encerram e pelas vantagens ou desvantagens num sistema de ensino. No entanto, a maioria das famílias está longe de entender os perigos que a Internet e outros meios tecnológicos encerram ao permitirem que os jovens se fechem ou isolem nos quartos sem que os controlem, os acompanhem ou os elucidem sobre as regras ou normas existentes na sociedade quando interagem com terceiros num contexto virtual.
As tecnologias da comunicação e da informação configuram, para além dos seus reais benefícios, um novo conjunto de oportunidades para o crime. Com recurso a estas tecnologias, delinquentes motivados por sentimentos de ganância, inveja, poder, aventura ou simples desejo, praticam atos ilícitos. Nenhuma destas motivações é nova. O elemento de novidade reside na facilidade intrínseca à capacidade tecnológica para levarem a cabo os seus intentos.
Esta ponderação sobre a oportunidade para a prática de crimes (a coberto do domicilio), do controle por parte de quem tem o dever de educar, da definição de princípios, orientações e regras para a utilização de um computador ou telemóvel, da constatação dos potenciais riscos que os jovens correm quando utilizam a Internet ou outros meios tecnológicos, reflete, inevitavelmente, a complexidade destas questões.
No entanto a Polícia Judiciária, ao participar com diversos parceiros na promoção da literacia digital, procura contribuir, como lhe compete, para a promoção não só do uso seguro da internet como dos Direitos Humanos. É mais uma via a explorar para a qual as instituições e sociedade civil têm que congregar esforços.