Tutoria escolar: a relação que (se) transforma
Entre moda e modernidade, é um facto que a tutoria tem sido uma estratégia que dezenas de escolas têm desenvolvido para enfrentar os seus 3 problemas fundamentais: abandono, insucesso e indisciplina. Os agrupamentos TEIP – territórios educativos de intervenção prioritária – generalizaram a medida. Impõe-se, contudo, esta reflexão: é ou não um processo eficaz? Se o é, porquê? O que falha, quando, apesar de muitos recursos alocados, vemos que nenhum dos problemas de partida se resolveu?
Há evidências sobre o impacto positivo das tutorias, mas também sobre as dificuldades, algumas que serão difíceis de assumir às gestões escolares ou aos organismos superiores, outras aos professores e até aos alunos e suas famílias. Não escamoteando os constrangimentos, olharemos principalmente para o como fazer e, da reflexão teórica que se impõe, à visão metodológica necessária, discutiremos, a partir da experiência (humilde) da prática, o que é uma boa tutoria: com resultados, bem operacionalizada e produto do equilíbrio entre a relação humana estabelecida e a promoção do retorno do aluno ao mundo escolar.