Bárbara Reis
Foi para o Expresso, porque queria ser fotógrafa, mas acabou por aprender a escrever. Tinha 17 anos. O PÚBLICO nasceu dois anos depois, e os fundadores “levaram-na”. Trabalhou na secção Internacional, cobriu eleições, foi à Somália no início da guerra civil e escreveu muito sobre SIDA. Um dia perguntaram-lhe se queria ser correspondente em Nova Iorque. Ficou cinco anos. Foi a era Clinton, mas também a das negociações na ONU entre Portugal e a Indonésia sobre Timor. Passou tantas horas nos corredores do Conselho de Segurança, que acabou por aterrar em Díli com passaporte das Nações Unidas. Era o que fazia sentido: trabalhar com Sérgio Vieira de Mello e ver o país nascer. Foi por seis meses para dar formação a jornalistas, mas ficou dois anos como porta-voz da missão. Regressou ao PÚBLICO em 2002. Editou a Cultura, ajudou a lançar o P2, foi executiva da direção. É diretora desde 2009.